quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Para Entender Uma Mulher

Carlos Drummond de Andrade
Bruno Steinbach. "Mulher Dormindo", Infogravura, 2008.


Para entender uma mulher

é preciso mais que deitar-se com ela...

Há de se ter

mais sonhos e cartas na mesa

que se possa prever nossa vã pretensão...


Para possuir uma mulher

é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase

numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade... Há de se conseguir

fazê-la sorrir

antes do próximo encontro



Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que

amante perfeito...

Há de se ter o jeito certo ao sair, e

fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso...

O potente, o amante, o homem viril, são homens bons... bons homens de

abraços e passos firmes...

bons homens pra se contar histórias...

Há, porém, o homem certo, de todo instante: O de depois!



Para conquistar uma mulher,

mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,

e depois do amor um silêncio de

cumplicidade...

e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.

É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café... Há que ser mulher,

por um triz e, então, ser feliz!



Para amar uma mulher, mais que entendê-la,

mais que conhecê-la, mais que possuí-la,

é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também ser

possuído e, ainda

assim, também ser viril...



Para amar uma mulher, mais que

tentar conquistá-la, há de ser conquistado... todo tomado e,

com um pouco de sorte, também ser amado!





Para Entender Uma Mulher

Carlos Drummond de Andrade
Bruno Steinbach. "Mulher Dormindo", Infogravura, 2008.


Para entender uma mulher

é preciso mais que deitar-se com ela...

Há de se ter

mais sonhos e cartas na mesa

que se possa prever nossa vã pretensão...


Para possuir uma mulher

é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase

numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade... Há de se conseguir

fazê-la sorrir

antes do próximo encontro



Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que

amante perfeito...

Há de se ter o jeito certo ao sair, e

fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso...

O potente, o amante, o homem viril, são homens bons... bons homens de

abraços e passos firmes...

bons homens pra se contar histórias...

Há, porém, o homem certo, de todo instante: O de depois!



Para conquistar uma mulher,

mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,

e depois do amor um silêncio de

cumplicidade...

e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.

É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café... Há que ser mulher,

por um triz e, então, ser feliz!



Para amar uma mulher, mais que entendê-la,

mais que conhecê-la, mais que possuí-la,

é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também ser

possuído e, ainda

assim, também ser viril...



Para amar uma mulher, mais que

tentar conquistá-la, há de ser conquistado... todo tomado e,

com um pouco de sorte, também ser amado!





segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Após o banho, nua


"Aparição 1"
Bruno Steinbach, Infogravura/esboço, 2008, Paraíba, Brasil.


Fernando Py

Após o banho, nua

ainda, o corpo úmido

ao meu encontro, visão,

relembro, cálido êxtase,

os seios entrevistos

no decote frouxo, agora, nua,

toalha molhando-se, ressurgem

após o banho,

fremindo, suave embalo, avidez

de língua e mãos, nua, vens,

perfume, sulcos na pele,

ansiada espera, curvas, a entrega

ao meu olhar, bocas, rosa

túmida, pétala, sucção, espuma,

resplandeces para mim, nua,

após o banho.



Após o banho, nua


"Aparição 1"
Bruno Steinbach, Infogravura/esboço, 2008, Paraíba, Brasil.


Fernando Py

Após o banho, nua

ainda, o corpo úmido

ao meu encontro, visão,

relembro, cálido êxtase,

os seios entrevistos

no decote frouxo, agora, nua,

toalha molhando-se, ressurgem

após o banho,

fremindo, suave embalo, avidez

de língua e mãos, nua, vens,

perfume, sulcos na pele,

ansiada espera, curvas, a entrega

ao meu olhar, bocas, rosa

túmida, pétala, sucção, espuma,

resplandeces para mim, nua,

após o banho.



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"O PICASSO DAS RUAS"




Um bom exemplo a ser seguido pelos nossos "pichadores de rua..."



Julian Beever é um artista inglês de chalk art (arte com giz) que utiliza a técnica de projeção conhecida como anamorfose, onde o artista cria uma ilusão de ótica 3 D quando a imagem é observada de certo ângulo. Ele tem trabalhado por várias partes do mundo, fazendo os seus desenhos com giz. Nos últimos 15 anos Julian tem produzido centenas de peças em locais em toda a Europa. Ele trabalha para várias empresas como freelancer, criando murais em campanhas promocionais. Em média, o artista leva cerca de três dias para finalizar uma obra.
Veja a matéria reproduzida a seguir e algumas imagens fantásticas do artista:

O Picasso das ruas
por André Hazell

Julian Beever é um artista internacionalmente renomado. Nos últimos 15 anos Julian tem produzido centenas de peças em locais em toda a Europa. Frequentemente é chamado de Pavement Picasso. Não é para menos, pois seus desenhos 3D são excelentes. Além disso, não deixa de ser uma forma de trazer a arte para as ruas das cidades.
Os desenhos são minuciosamente projetadas, milimetricamente executados. Pura matemática. Em média, o artista leva cerca de três dias para completar uma obra. Foi assim quando esteve nas ruas Birmingham's Chinatown, para pintar um um enorme dragão chinês de 9 metros quadrados em comemoração do Ano Novo chinês. Foi assim quando esteve em Porto Alegre em uma promoção da Scott Passaport. Além disso, segundo o próprio artista, o seu trabalho tem lá suas exigências: “O ideal são os dias de sol forte, pois quando chove, significa que eu tive um monte de trabalho para nada. Mas o importante para mim é tirar a foto com o resultado final. Quando isto acontece, o objetivo foi alcançado com sucesso" . E realmente é um sucesso. Não só para o Julian, mas também para o público em geral, que muitas vezes não tem a oportunidade de visitar uma galeria de arte. Como o próprio artista esclarece: “Minha arte é para todos. A arte não deve ficar escondida em galerias, bibliotecas e livros. Arte deveria ser para todos e não apenas alguns".
Segundo Julian, o segredo é explorar ao máximo a técnica da perspectiva e dar aos desenho um aspecto diferente do que realmente é, ou seja, um aspecto 3D. Para isso é preciso instalar de uma câmara sobre um tripé e mantê - la em um determinado local. Isto possibilita verificar cada risco de giz que é feito.












"O PICASSO DAS RUAS"




Um bom exemplo a ser seguido pelos nossos "pichadores de rua..."



Julian Beever é um artista inglês de chalk art (arte com giz) que utiliza a técnica de projeção conhecida como anamorfose, onde o artista cria uma ilusão de ótica 3 D quando a imagem é observada de certo ângulo. Ele tem trabalhado por várias partes do mundo, fazendo os seus desenhos com giz. Nos últimos 15 anos Julian tem produzido centenas de peças em locais em toda a Europa. Ele trabalha para várias empresas como freelancer, criando murais em campanhas promocionais. Em média, o artista leva cerca de três dias para finalizar uma obra.
Veja a matéria reproduzida a seguir e algumas imagens fantásticas do artista:

O Picasso das ruas
por André Hazell

Julian Beever é um artista internacionalmente renomado. Nos últimos 15 anos Julian tem produzido centenas de peças em locais em toda a Europa. Frequentemente é chamado de Pavement Picasso. Não é para menos, pois seus desenhos 3D são excelentes. Além disso, não deixa de ser uma forma de trazer a arte para as ruas das cidades.
Os desenhos são minuciosamente projetadas, milimetricamente executados. Pura matemática. Em média, o artista leva cerca de três dias para completar uma obra. Foi assim quando esteve nas ruas Birmingham's Chinatown, para pintar um um enorme dragão chinês de 9 metros quadrados em comemoração do Ano Novo chinês. Foi assim quando esteve em Porto Alegre em uma promoção da Scott Passaport. Além disso, segundo o próprio artista, o seu trabalho tem lá suas exigências: “O ideal são os dias de sol forte, pois quando chove, significa que eu tive um monte de trabalho para nada. Mas o importante para mim é tirar a foto com o resultado final. Quando isto acontece, o objetivo foi alcançado com sucesso" . E realmente é um sucesso. Não só para o Julian, mas também para o público em geral, que muitas vezes não tem a oportunidade de visitar uma galeria de arte. Como o próprio artista esclarece: “Minha arte é para todos. A arte não deve ficar escondida em galerias, bibliotecas e livros. Arte deveria ser para todos e não apenas alguns".
Segundo Julian, o segredo é explorar ao máximo a técnica da perspectiva e dar aos desenho um aspecto diferente do que realmente é, ou seja, um aspecto 3D. Para isso é preciso instalar de uma câmara sobre um tripé e mantê - la em um determinado local. Isto possibilita verificar cada risco de giz que é feito.












domingo, 19 de outubro de 2008

UMA IMAGEM DA MEMÓRIA

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rVeja mais, VISITE O CATÁLOGO!




UMA IMAGEM DA MEMÓRIA

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rVeja mais, VISITE O CATÁLOGO!




segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pasárgada




Vou-me Embora Pra Pasárgada
lá sou amigo do rei
tenho a mulher que quero


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.




Com esses versos homenageamos o poeta Manuel Bandeira
na passagem dos 40 anos de seu falecimento (13/10/1968).

Texto extraído do livro
"
Bandeira a Vida Inteira",
Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90








Pasárgada




Vou-me Embora Pra Pasárgada
lá sou amigo do rei
tenho a mulher que quero


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.




Com esses versos homenageamos o poeta Manuel Bandeira
na passagem dos 40 anos de seu falecimento (13/10/1968).

Texto extraído do livro
"
Bandeira a Vida Inteira",
Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90








sábado, 4 de outubro de 2008

O Trem dos Tempos!




Estava aqui, entre a mata e o mar, fazendo uma faxina na "máquina", atualizando o blog, lendo os recados...nunca paro de me surpreender. Fui do tempo que telecomunicação era ir a um posto da Embratel e fazer uma ligação interurbana ou internacional...era o máximo. Se planejava com antecedência os telefonemas! Ou então eram os telegramas...
Uma mensagem me despertou para esse
poder quase telepático que temos hoje em dia, essa capacidade de comunicação instantânea que talvez só os velhos dinossauros percebam com grata surpresa o seu valor, a sua força:
Há dias tentava me comunicar com minha filha, a pianista Juliana Steinbach, que mora em Paris.
Depois de inúmeros e-mails e telefonemas infrutíferos, mandei um anúncio pelos rádios:

- JULIANA, CADÊ VOCÊ?

Hoje recebi uma singela e simples resposta, bem ao seu estilo:

- Oi, querido pai. Estou no Trem!

Ela se referia ao Orient Express, em viagem de retorno à Europa, depois de uma série de recitais de sucesso no Oriente Médio.

Bravo, Juju!

É o sinal dos tempos, ou o trem dos tempos!


____________________________________________________________________________


O Trem dos Tempos!




Estava aqui, entre a mata e o mar, fazendo uma faxina na "máquina", atualizando o blog, lendo os recados...nunca paro de me surpreender. Fui do tempo que telecomunicação era ir a um posto da Embratel e fazer uma ligação interurbana ou internacional...era o máximo. Se planejava com antecedência os telefonemas! Ou então eram os telegramas...
Uma mensagem me despertou para esse
poder quase telepático que temos hoje em dia, essa capacidade de comunicação instantânea que talvez só os velhos dinossauros percebam com grata surpresa o seu valor, a sua força:
Há dias tentava me comunicar com minha filha, a pianista Juliana Steinbach, que mora em Paris.
Depois de inúmeros e-mails e telefonemas infrutíferos, mandei um anúncio pelos rádios:

- JULIANA, CADÊ VOCÊ?

Hoje recebi uma singela e simples resposta, bem ao seu estilo:

- Oi, querido pai. Estou no Trem!

Ela se referia ao Orient Express, em viagem de retorno à Europa, depois de uma série de recitais de sucesso no Oriente Médio.

Bravo, Juju!

É o sinal dos tempos, ou o trem dos tempos!


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