quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um conto de Natal de Paulo Coelho - A Música que Vinha da Casa

Pintura de Leonardo da Vinci

Recebi este atencioso e-mail do escritor Paulo Coelho, com um belo conto de Natal.
Como estava sem acesso à Net, só agora li e transcrevo para voces.
Um Feliz Ano Novo para todos que me visitam aqui!



Estimado leitor:

Feliz Natal e um Ano Novo com muitas realizações são meus sinceros desejos. Como maneira de agradecer o apoio recebido em 2008, estou enviando o conto de Natal que escrevi para as colunas que tenho em diversos jornais do mundo a exemplo dos anos anteriores.
Um grande abraço,



Paulo Coelho






A música que vinha da casa

Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súditos exagerassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.
Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.
No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.
De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.
- Vou ver o que está acontecendo – disse o rei.
Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.
- Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.
- Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.
- E podemos saber por que?
- Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.
“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.
O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:
- Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.
O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:
- Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?
Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Exceto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever.
(baseado em um conto indiano)








Um conto de Natal de Paulo Coelho - A Música que Vinha da Casa

Pintura de Leonardo da Vinci

Recebi este atencioso e-mail do escritor Paulo Coelho, com um belo conto de Natal.
Como estava sem acesso à Net, só agora li e transcrevo para voces.
Um Feliz Ano Novo para todos que me visitam aqui!



Estimado leitor:

Feliz Natal e um Ano Novo com muitas realizações são meus sinceros desejos. Como maneira de agradecer o apoio recebido em 2008, estou enviando o conto de Natal que escrevi para as colunas que tenho em diversos jornais do mundo a exemplo dos anos anteriores.
Um grande abraço,



Paulo Coelho






A música que vinha da casa

Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súditos exagerassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.
Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.
No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.
De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.
- Vou ver o que está acontecendo – disse o rei.
Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.
- Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.
- Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.
- E podemos saber por que?
- Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.
“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.
O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:
- Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.
O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:
- Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?
Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Exceto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever.
(baseado em um conto indiano)








terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Se Todos Fossem Iguais a Você






“Lala” © 2004 by Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.

Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre teus braços e canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você



"Retrato de Lala"( Alaíde Maria Fernandes Fonsêca )
Um grande amor!
Uma mulher linda, fascinante, brilhante... Maravilhosa!
Tão maravilhosa que Deus não teve paciência de esperar que envelhecesse ... e a levou, muito antes da hora!
Óleo / papel cançon, 66 x 48 cm, 1987,Camboinha , Cabedelo - Paraíba, Brasil.
Acervo do Artista.



Se Todos Fossem Iguais a Você






“Lala” © 2004 by Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.

Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre teus braços e canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você



"Retrato de Lala"( Alaíde Maria Fernandes Fonsêca )
Um grande amor!
Uma mulher linda, fascinante, brilhante... Maravilhosa!
Tão maravilhosa que Deus não teve paciência de esperar que envelhecesse ... e a levou, muito antes da hora!
Óleo / papel cançon, 66 x 48 cm, 1987,Camboinha , Cabedelo - Paraíba, Brasil.
Acervo do Artista.



sábado, 29 de novembro de 2008

Soneto de Fidelidade

© 2001 Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade

© 2001 Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Vinicius de Moraes

terça-feira, 25 de novembro de 2008

JOSÉ




© 1989 Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.


José


E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta?
E agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...
Mas você não morre,você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José!

José, para onde?






JOSÉ




© 1989 Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.


José


E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta?
E agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...
Mas você não morre,você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José!

José, para onde?






domingo, 23 de novembro de 2008

CABO BRANCO

Imagem: Bruno Steinbach. "Cabo Branco 7". Infogravura/esboço, Parahyba, Brasil. 2008.


CABO BRANCO


Extremo Cabo Branco

estanho trampolim

ao contemplar o atlântico

o mar mergulha em mim


Lúcio Lins




CABO BRANCO

Imagem: Bruno Steinbach. "Cabo Branco 7". Infogravura/esboço, Parahyba, Brasil. 2008.


CABO BRANCO


Extremo Cabo Branco

estanho trampolim

ao contemplar o atlântico

o mar mergulha em mim


Lúcio Lins




sábado, 22 de novembro de 2008

MUSA

Sempre te coloco no topo do mundo
Da imensidão azul do meu sonho
Único numa poesia sedutora e provocante
Chega ao extremo nesse vôo delirante.

Tua alma tem total liberdade de escolher
Sem se preocupar com os pensamentos ruins
De gente que não sabe o que é viver.
Não vá se alimentar disso, para não sofrer.

Você sempre faz versos que nos contamina,
E nos causa momentos de levitação
No mundo imaginário do erotismo...
Com todo respeito a tua perdição
Poema: Zedio Alvarez


MUSA

Sempre te coloco no topo do mundo
Da imensidão azul do meu sonho
Único numa poesia sedutora e provocante
Chega ao extremo nesse vôo delirante.

Tua alma tem total liberdade de escolher
Sem se preocupar com os pensamentos ruins
De gente que não sabe o que é viver.
Não vá se alimentar disso, para não sofrer.

Você sempre faz versos que nos contamina,
E nos causa momentos de levitação
No mundo imaginário do erotismo...
Com todo respeito a tua perdição
Poema: Zedio Alvarez


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ABRAÇO

"Abraço". Bruno Steinbach, Óleo/tela, 100x80 cm, 2004, João Pessoa-Pb.
Abraça-me
porque o tempo passa e não retorna.
Aperta-me em teus abraços

Antes que eu me arrependa.
O tempo nunca se mostrou amigo,
Abraça-me e me faz esquecer o tempo.

O tempo esquece os sonhos
e passa por cima dos planos
e nossos sonhos se perdem.

O tempo passa e não volta o mesmo.
Abraça-me antes que tudo seja esquecido.
Aperta-me em seus braços
Antes que o lamento chegue.

Eu quero estar em seus braços
Para que o tempo passe por nós
Deixando-nos para sempre juntos...

ABRAÇO

"Abraço". Bruno Steinbach, Óleo/tela, 100x80 cm, 2004, João Pessoa-Pb.
Abraça-me
porque o tempo passa e não retorna.
Aperta-me em teus abraços

Antes que eu me arrependa.
O tempo nunca se mostrou amigo,
Abraça-me e me faz esquecer o tempo.

O tempo esquece os sonhos
e passa por cima dos planos
e nossos sonhos se perdem.

O tempo passa e não volta o mesmo.
Abraça-me antes que tudo seja esquecido.
Aperta-me em seus braços
Antes que o lamento chegue.

Eu quero estar em seus braços
Para que o tempo passe por nós
Deixando-nos para sempre juntos...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

2ª Mostra de Arte e Cultura Negra, hoje no CASARÃO 34


Convidamos você e sua família para prestigiarem a abertura da 2ª Mostra de Arte e Cultura Negra, promovida pela Prefeitura de João Pessoa, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Fundação Cultural de João Pessoa e demais parceiros. A Mostra conta com esculturas, fotografias, pintura e objetos de artistas da Paraíba. Esta programação faz parte das ações alusivas ao Mês da Consciência Negra e estará em cartaz até o dia 01 de dezembro. Conforme programação anexa.

Abertura da Mostra: Hoje, 20 de novembro de 2008.
Hora: 19h00
Local: Unidade Cultural Casarão 34

Ressaltamos que as outras ações, como apresentação músical, dança, performances serão realizadas no pátio da Arquidiocese da Paraíba, em frente ao Casarão 34.

Aguardamos vocês.
Um forte abraço.



Lu Maia









quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Beijo

Florbela Espanca

Realidade

Em ti o meu olhar fez-se alvorada
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho...
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho...

Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada...
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho...

Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...

Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei... se te perdi




O Beijo

Florbela Espanca

Realidade

Em ti o meu olhar fez-se alvorada
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho...
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho...

Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada...
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho...

Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...

Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei... se te perdi




segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ARTE SEM FRONTEIRAS NO CENTRO CULTURAL DE SÃO FRANCISCO

Acabo de receber o convite que reproduzo a seguir.
Será na próxima sexta-feira, 21 de novembro, às 19:00 hrs.
Sucesso para as meninas!

















APOIO:

domingo, 16 de novembro de 2008

Um Belo Domingo

"Domingo na Praia"
Bruno Steinbach.Infogravura esboço para painel. Da série parahybavista.com, 2008, Paraíba, Brasil.

A palavra é originária do latim dies Dominicus, que significa "dia do Senhor". Existe, nessa mesma acepção, em castelhano (Domingo), italiano (Domenica), francês (Dimanche) e em todas as línguas de origem latina.
Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Sol, o que originou outras denominações para este dia, em inglês diz-se Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol".


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ALBERTO LACET HOJE NO CASARÃO 34 !


ALBERTO LACET - PINTURAS

Lançamento do livro / Catálogo do Artista

Casarão 34
sexta-feira, 14 de novembro, às 19:30 hrs.

Hoje à noite será o lançamento do livro do meu velho amigo Alberto Lacet. Um acontecimento importante para as nossas Artes Plásticas que eu não poderia deixar de registrar.
Com tanto desperdício de tinta e de outros "materiais plásticos" acontecendo por aí, seguido de outro tanto de desperdício de palavras e de papéis para justificar o desperdício primeiro, a sua Arte é um conforto para o nosso espírito e um prazer para os nossos olhos.
Que bom ainda existirem pintores como você!
Sucesso Lacet!



O artista plástico registra parte de seu trabalho nas últimas quatro décadas. Na oportunidade serão apresentadas algumas de suas pinturas.


Livro ‘Pinturas’, sobre o trabalho de Alberto Lacet, será lançado nesta sexta


O pintor Alberto Lacet lança, às 19h desta sexta-feira (14), o livro ‘Pinturas’, no Casarão 34, na Praça Dom Adauto, Centro da Capital. O trabalho reúne 100 imagens de quadros em óleo sobre tela, que marcaram a trajetória do artista, nas últimas quatro décadas, e representam cerca de 40% de tudo o que pintou na sua vida. De uma família de desenhistas, o pintor se especializou em retratar figuras humanas e conseguiu em vários trabalhos unir os estilos figurativo e abstrato e, como ele mesmo diz, foi muito feliz ao fazer isso.Alberto Lacet diz que o catálogo é resultado de um trabalho duro de seleção e de busca por obras que marcaram fases e momentos da sua carreira. “Quis guardar a memória do que fiz nas últimas quatro décadas e o projeto durou dois anos. Digo que não sou um artista de exposições individuais, porque não costumo guardar trabalhos. Pinto e, por isso, foi tão trabalhoso reunir as obras, muitas estão em outros Estados e no exterior. Também não pinto grandes quantidades. Sou minucioso, detalhista, produzo lentamente e dedico tempo a um quadro. Nesse livro, consegui reunir 40% de tudo o que fiz”, disse.O artista diz que sua obra não lhe pertence e nem a quem a adquiriu. “Embora tendo uma propriedade material, a arte é transcendental, não pertence ao pintor e nem ao proprietário da obra, mas à cultura, ao povo. Por isso, quis reunir algumas obras nesse catálogo para dividir com todo mundo o meu trabalho”, disse. No livro, o pintor faz uma análise do momento atual da sua arte, situando-a no cenário atual marcado pela revolução tecnológica. O catálogo ainda traz textos do escritor pernambucano, Fernando Monteiro, e da doutora em História da Arte, Madalena Zácara.Alberto Lacet vem de uma família de desenhistas e cresceu exercitando essa arte. Aos oito anos ganhou da mãe sua primeira aquarela, mas só fez o primeiro trabalho profissional na década de 80 e se especializou na técnica óleo sobre tela. “Em alguns trabalhos, tratei as figuras humanas com um misto de arte abstrata. Geralmente se constrói sobre um ou outro estilo, figurativo ou abstrato. Uni a figura e a abstração e acho que fui muito feliz”, disse, acrescentando que não consegue destacar um ou outro trabalho registrado no catálogo, porque cada um denota um momento, uma guinada na sua carreira, uma mudança de fase.Homenagem – Lacet diz que o livro é uma homenagem a uma figura folclórica do Sertão que foi um grande pintor, falecido há 20 anos: o Zezinho Pintor, do município de Patos. “Ele era um grande pintor, mas não foi reconhecido. Pintava de tudo, desde santos das igrejas até peças para o comércio. Sua oficina era uma verdadeira loucura. Ele me influenciou. Ele alimentou o mito do pintor em mim. Quando eu tinha nove anos fiz um retrato de Jonh Kenedy e minha mãe levou pra ele ver. Ele elogiou demais e, escondido dela, me deu um dinheiro. Para mim, foi um prêmio. Esse artista foi muito importante para a cultura, mas foi esquecido e nunca foi reconhecido. Patos é uma cidade grande e que cresce todo dia, mas não há nada lá que lembre Zezinho Pintor”, lamentou.Alberto Lacet nasceu em Teixeira em 1954 e fundou, em 1979, o Ateliê Coletivo do Museu de Artes Assis Chateuabriand, na cidade de Campina Grande, onde morou por cerca de quatro anos. Mudou-se para João Pessoa em 1982, onde vive e trabalha até hoje. Já fez duas exposições individuais em Portugal e Espanha e participou de várias coletivas em outros países.


Fonte: paraibanews.com


Rua Visconde de Pelotas, 34 - Praça Dom Adauto - Centro. Cep: 58.010-680 João Pessoa-PB

(83) 3218.9708 - 8863.0835 casarão34@gmail.com

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

HOJE NO CASARÃO 34


Lançamento: Website e Revista CultPB

Hoje, quinta-feira, 13 de novembro, às 19h30

O Website se propõe a divulgar matérias sobre cultura em geral através da Revista Eletrônica CultPB, que surge como um espaço inovador, num ambiente visual e editorial atraente, criativo, interativo e de fácil acesso, utilizando-se de recursos de novas mídias e temáticas de importância cultural, renovadas a cada mês. O evento se cosolidará em um momento de integração entre gestores culturais, imprensa e artistas de nosso estado, pretendendo assim a troca de informações e ações colaborativas.

A equipe organizadora conta com três profissionais de formação jornalísticas e um website.

ALBERTO LACET - PINTURAS

Lançamento do livro / Catálogo do Artista

Casarão 34
sexta-feira, 14 de novembro, às 19:30 hrs.


Amanhã será o lançamento do livro do meu velho amigo Alberto Lacet. Um acontecimento
importante para as nossas Artes Plásticas e que eu não poderia deixar de registrar.
Sucesso para você, Lacet!


O artista plástico registra parte de seu trabalho nas últimas quatro décadas. Na oportunidade serão apresentadas algumas de suas pinturas.


Livro ‘Pinturas’, sobre o trabalho de Alberto Lacet, será lançado nesta sexta

O pintor Alberto Lacet lança, às 19h desta sexta-feira (14), o livro ‘Pinturas’, no Casarão 34, na Praça Dom Adauto, Centro da Capital. O trabalho reúne 100 imagens de quadros em óleo sobre tela, que marcaram a trajetória do artista, nas últimas quatro décadas, e representam cerca de 40% de tudo o que pintou na sua vida. De uma família de desenhistas, o pintor se especializou em retratar figuras humanas e conseguiu em vários trabalhos unir os estilos figurativo e abstrato e, como ele mesmo diz, foi muito feliz ao fazer isso.
Alberto Lacet diz que o catálogo é resultado de um trabalho duro de seleção e de busca por obras que marcaram fases e momentos da sua carreira. “Quis guardar a memória do que fiz nas últimas quatro décadas e o projeto durou dois anos. Digo que não sou um artista de exposições individuais, porque não costumo guardar trabalhos. Pinto e, por isso, foi tão trabalhoso reunir as obras, muitas estão em outros Estados e no exterior. Também não pinto grandes quantidades. Sou minucioso, detalhista, produzo lentamente e dedico tempo a um quadro. Nesse livro, consegui reunir 40% de tudo o que fiz”, disse.
O artista diz que sua obra não lhe pertence e nem a quem a adquiriu. “Embora tendo uma propriedade material, a arte é transcendental, não pertence ao pintor e nem ao proprietário da obra, mas à cultura, ao povo. Por isso, quis reunir algumas obras nesse catálogo para dividir com todo mundo o meu trabalho”, disse. No livro, o pintor faz uma análise do momento atual da sua arte, situando-a no cenário atual marcado pela revolução tecnológica. O catálogo ainda traz textos do escritor pernambucano, Fernando Monteiro, e da doutora em História da Arte, Madalena Zácara.
Alberto Lacet vem de uma família de desenhistas e cresceu exercitando essa arte. Aos oito anos ganhou da mãe sua primeira aquarela, mas só fez o primeiro trabalho profissional na década de 80 e se especializou na técnica óleo sobre tela. “Em alguns trabalhos, tratei as figuras humanas com um misto de arte abstrata. Geralmente se constrói sobre um ou outro estilo, figurativo ou abstrato. Uni a figura e a abstração e acho que fui muito feliz”, disse, acrescentando que não consegue destacar um ou outro trabalho registrado no catálogo, porque cada um denota um momento, uma guinada na sua carreira, uma mudança de fase.
Homenagem – Lacet diz que o livro é uma homenagem a uma figura folclórica do Sertão que foi um grande pintor, falecido há 20 anos: o Zezinho Pintor, do município de Patos. “Ele era um grande pintor, mas não foi reconhecido. Pintava de tudo, desde santos das igrejas até peças para o comércio. Sua oficina era uma verdadeira loucura. Ele me influenciou. Ele alimentou o mito do pintor em mim. Quando eu tinha nove anos fiz um retrato de Jonh Kenedy e minha mãe levou pra ele ver. Ele elogiou demais e, escondido dela, me deu um dinheiro. Para mim, foi um prêmio. Esse artista foi muito importante para a cultura, mas foi esquecido e nunca foi reconhecido. Patos é uma cidade grande e que cresce todo dia, mas não há nada lá que lembre Zezinho Pintor”, lamentou.
Alberto Lacet nasceu em Teixeira em 1954 e fundou, em 1979, o Ateliê Coletivo do Museu de Artes Assis Chateuabriand, na cidade de Campina Grande, onde morou por cerca de quatro anos. Mudou-se para João Pessoa em 1982, onde vive e trabalha até hoje. Já fez duas exposições individuais em Portugal e Espanha e participou de várias coletivas em outros países.



Fonte: paraibanews.com








Rua Visconde de Pelotas, 34 - Praça Dom Adauto - Centro. Cep: 58.010-680 João Pessoa-PB (83) 3218.9708 - 8863.0835 casarão34@gmail.com

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

VOLÚPIA


Florbela Espanca


Volúpia

No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te meu corpo prometido à morte!

A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!

Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...










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